A Soltec Brasil, fabricante líder de rastreadores solares, está investindo na construção de suas proprias usinas fotovoltaicas, com o intuito de assegurar uma receita estável e minimizar a exposição às variações do mercado de energia solar centralizada.
Com um terço do market share nacional na venda de rastreadores, a Soltec colocou recentemente em operação duas usinas solares: uma em Pedranópolis (SP) e outra em Araxá (MG), totalizando 225 MW de capacidade instalada.
Usinas próprias e diversificação
A empresa pretende continuar investindo em usinas próprias e, para isso, possui uma carteira de 7 GW em projetos em diferentes estágios de desenvolvimento, conforme relatou Maurício Ávila, Gerente de Contas da Soltec Brasil, em conversa com o Canal Solar.
“A ideia é que a empresa tenha essa verticalização para ter um fluxo de caixa recorrente em função dos PPAs que estão atrelados a esses projetos, para não ficar na montanha-russa de ganhar grandes projetos de geração centralizada fechar um trimestre otimo e no seguinte não fechar nada.
A empresa quer ter uma certa estabilidade
Projetos em diversos estágios e foco nos rastreadores, Ávila também explicou que a Soltec possui projetos em várias etapas, desde os mais iniciais até os prontos para serem construídos. Alguns desses serão construídos e mantidos pela própria empresa.
Entretanto, o negócio principal da companhia continua sendo a venda de rastreadores solares.
A empresa já colocou em operação 3,7 GW em usinas fotovoltaicas centralizadas no Brasil e enfrenta o desafio de construir mais 1 GW para terceiros.
Desafios e entrada no mercado de geração distribuída
Segundo Ávila, o momento é desafiador para quem atua com grandes projetos solares no Brasil, devido ao aumento do capex, taxas de juros elevadas, preço da energia no mínimo e consumo estagnado.
Os projetos que avançam são aqueles em que os empreendedores possuem algum tipo de compromisso contratual. “São projetos bem seletivos que estão indo para frente.”
Em 2022, a Soltec decidiu ingressar no mercado de geração distribuída, embora esse não seja o principal foco da empresa. “A gente não consegue competir em projetos muito pequenos”, explicou o gerente.
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