Japão acolhe apoio do G7 ao gás, mas empresas podem enfrentar problemas de longo prazo

Japão acolhe apoio do G7 ao gás, mas empresas podem enfrentar problemas de longo prazo

O Japão, a terceira maior economia do mundo, acolheu positivamente o apoio recente do Grupo dos Sete (G7) à utilização do gás natural na transição para energias mais limpas. No entanto, especialistas alertam que as empresas do país podem enfrentar desafios de longo prazo à medida que a pressão global para reduzir as emissões de carbono aumenta.

Os líderes do G7, um grupo de nações industrializadas que inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, recentemente emitiram uma declaração apoiando o uso do gás natural como uma “tecnologia de transição” para uma economia de baixo carbono. O grupo também prometeu ajudar os países em desenvolvimento a construir infraestruturas de gás.

Japão dependente

O Japão, que é altamente dependente de combustíveis fósseis importados para a sua produção de energia, acolheu positivamente a decisão do G7. O país tem estado na vanguarda da defesa do gás natural como uma alternativa mais limpa ao carvão e ao petróleo.

G7 apoiar o gás natural

No entanto, a decisão do G7 de apoiar o gás natural está gerando controversia. Alguns ativistas ambientais argumentam que o gás natural, embora menos poluente do que o carvão e o petróleo, ainda é uma fonte de combustível fóssil que contribui para as emissões de gases de efeito estufa.

A extração e o transporte de gás natural podem levar a vazamentos de metano, um gás de efeito estufa muito mais potente do que o dióxido de carbono.

Para as empresas japonesas a incerteza em torno do papel futuro do gás natural na matriz energética global pode representar um risco de longo prazo.

A pressão global para reduzir as emissões

Se a pressão global para reduzir as emissões de carbono continuar a aumentar, é posível que o gás natural seja gradualmente eliminado, deixando as empresas que investiram pesadamente na infraestrutura do gás em uma posição difícil.

O Japão também enfrenta pressões domésticas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. O país estabeleceu uma meta ambiciosa de se tornar neutro em carbono até 2050, o que exigirá uma mudança significativa em sua matriz energética.

Diante desses desafios muitas empresas japonesas estão buscando diversificar suas fontes de energia, investindo em energias renováveis como a eólica e a solar.

Algumas empresas estão explorando tecnologias inovadoras, como o hidrogênio, como uma possível solução de longo prazo para a questão da energia limpa.

Embora o apoio do G7 ao gás natural seja uma boa notícia para o Japão no curto prazo, as empresas do país podem enfrentar desafios significativos no longo prazo à medida que a pressão global para reduzir as emissões de carbono continua a aumentar.

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