A Exxon Mobil registrou seu melhor início de ano na história, com a produção de petróleo aumentando em novos poços nos EUA e na costa da América do Sul.
O lucro líquido mais que dobrou em relação ao ano anterior, atingindo US$ 11,4 bilhões, o maior lucro do primeiro trimestre nos 140 anos de história da gigante do petróleo. Os ganhos ajustados de US$ 2,83 por ação foram 20 centavos superiores ao consenso da Bloomberg.
A Exxon informou que sua relação dívida líquida sobre capital encolheu para 4% no final do período, graças em grande parte a um montante de quase US$ 33 bilhões em caixa.
A empresa buscou enriquecer os investidores por meio de dividendos e recompra de ações, e a Exxon e a ação de energia com melhor desempenho no índice S&P 500 este ano.
Aumento na produção impulsiona resultados
Os resultados inesperados foram “realmente devido ao aumento significativo de nossos volumes de produção”, disse a diretora financeira Kathy Mikells durante uma entrevista.
A produção na costa da Guiana e na Bacia Permiana dos EUA aumentou 40% em conjunto em relação ao ano anterior, observou ela.
O crescimento da produção nessas duas regiões foi tão expressivo que mais do que compensou os impactos negativos das vendas de ativos e da expropriação do emblemático desenvolvimento Sakhalin-1 pela Rússia.
A produção líquida aumentou o equivalente a 160.000 barris por dia em comparação com o ano anterior, afirmou Mikells.
Lucros trimestrais recordes
Os lucros trimestrais da Exxon ultrapassaram US$ 10 bilhões por quatro trimestres consecutivos, uma sequência não vista desde a era do petróleo a US$ 145 o barril em 2008.
Com muito dinheiro em caixa e suas ações negociadas perto de um recorde, há especulações de que a Exxon possa estar se preparando para uma grande aquisição. O Wall Street Journal relatou que a Exxon realizou conversas iniciais com a Pioneer Natural Resources Co. no início deste mês.